Liberdade ou Segurança? Um dilema inconciliável
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Opinião

Liberdade ou Segurança? Um dilema inconciliável

Por Redação via Assessoria em 01/10/2025 - 08:00

O ponto de partida: quando o amor exige mudanças

Recentemente, uma aluna me relatou sua dúvida sobre iniciar um relacionamento. O problema central não era a falta de sentimentos, mas sim as condições impostas pela outra pessoa: deixar de frequentar certos lugares, evitar determinadas amizades e dedicar-se exclusivamente à convivência a dois. A questão que surgiu foi inevitável: até que ponto vale a pena abrir mão de partes da própria vida para atender às expectativas de alguém?

A reflexão necessária: o que se perde e o que se ganha

Diante de situações como essa, sempre é preciso avaliar os custos e benefícios emocionais. Afinal, gostamos de alguém pelo que ele é – sua forma de agir, seus interesses, sua liberdade de ser. Mas quando um relacionamento começa a impor restrições, aquela essência que nos atraiu pode se perder. O encanto da espontaneidade dá lugar ao controle em nome da segurança da relação.

O paradoxo da liberdade e da segurança

O dilema se aprofunda quando entendemos que, ao buscar segurança no relacionamento, limitamos a liberdade do outro. Frequentar lugares, conversar com pessoas e manter hábitos que faziam parte da identidade original do parceiro ou parceira deixam de ser possíveis. Assim, aquilo que antes despertava admiração e desejo se transforma em motivo de receio e cobrança.

Essa contradição revela um paradoxo: aquilo que nos seduz também pode nos amedrontar. A pessoa livre, autêntica e independente que desperta paixão corre o risco de desaparecer quando submetida às regras que garantem estabilidade ao vínculo.

O dilema inevitável

No fundo, trata-se de um embate permanente entre liberdade e segurança. São forças antagônicas: quanto mais se busca liberdade, menos garantias de estabilidade se terá; quanto mais se busca segurança, maior será a renúncia da liberdade.

A liberdade encanta, inspira e nos impulsiona a querer mais. Mas ela também traz incerteza e insegurança. A segurança, por sua vez, tranquiliza e estabiliza, mas pode gerar angústia e sufocar a vontade de experimentar novas possibilidades.

Conclusão: não há solução definitiva

O dilema entre liberdade e segurança não tem solução única. É uma tensão que acompanha todos os relacionamentos e exige escolhas conscientes. A pergunta que cada um deve se fazer é: o que pesa mais em minha vida neste momento – a necessidade de liberdade ou o desejo de segurança?

Talvez a resposta nunca seja definitiva, mas refletir sobre ela já é um passo essencial para viver relacionamentos mais autênticos e conscientes.

 

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