Câmara debate funcionamento 24h da indústria e comércio
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Câmara debate funcionamento 24h da indústria e comércio

Por Redação via Assessoria em 27/05/2021 - 17:40

Nesta quinta-feira, o vereador Serginho Ribeiro (PDT) conduziu uma audiência pública para debater o funcionamento 24 horas da indústria, serviços e comércio em Cascavel. Para que isso aconteça, é necessário alterar o Título IX, da Lei Municipal nº 6.706 de 2017, que trata do horário de funcionamento dos estabelecimentos, divididos em 10 grupos, de acordo com o tipo de atividade prestada no local. Em plenário, a maioria dos presentes foi favorável à ampliação dos horários de funcionamento.

 Estiveram presentes no debate, Ivonete Piccoli, secretária de Desenvolvimento Econômico de Cascavel, Genésio Pegoraro, presidente da ACIC, Mauri Barbosa, diretor da AMIC, Silvana Ribeiro, presidente do Cascavel Convention & Visitors Bureau, Edson Vasconcelos, do Sinduscon, Simoni Soares, presidente da Transitar, Sergio Brum, representante do Sindlojas, Rudimar Erbert, diretor da APRAS, Roberto Pelizetti, diretor do Paranápetro, Laerson Vidal Matias, coordenador do Fórum Sindical, Nei Haveroth, secretário de Meio Ambiente, Volnei Mecabo, do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, Osvaldecy Pisápio, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Cascavel e Região e José de Araújo, representante do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Cascavel, além dos vereadores Josias de Souza, Beth Leal  e Policial Madril.

 Cascavel possui, de acordo com dados do IBGE 2018, 16.212 empresas e 121.470 pessoas ativas no mercado de trabalho, com salário médio mensal de 2,6 salários mínimos e um PIB (Produto Interno Bruto) per capita de R$ 37.733. Conforme a secretária de Desenvolvimento Econômico, Ivonete Piccoli, “números apresentados ontem apontam que Cascavel produziu 10,5 % de todos os empregos gerados no Paraná em abril, equivalentes a 1.060 vagas novas, sendo a indústria, o setor de serviços, construção e comércio, respectivamente, os principais responsáveis pela criação de empregos”.

 Para Genésio Pegoraro, “é importante garantir a livre iniciativa e a flexibilização dos horários, mas levando em conta as particularidades especialmente dos bairros na questão de segurança, transporte e impacto de vizinhança”. Corroborando a fala do presidente da Acic, a representante da Transitar, Simoni Soares, observou que “hoje, o sistema de transporte público gera um déficit de mais de R$ 1 milhão para a prefeitura, uma vez que a pandemia provocou uma queda drástica no número de usuários, que caiu de 76 mil passageiros para no máximo 36 mil usuários”. Para ela, a abertura 24 horas do comércio, serviços e indústria precisa ser pensada com cuidado, uma vez que garantir o transporte destes trabalhadores pode gerar novos custos ao Poder Público ou mesmo aumentar o valor da tarifa.

 Osvaldecy Pisápio, do sindicato dos empregados do comércio, defendeu que “não é o momento de os estabelecimentos funcionarem 24 horas pelos custos que o transporte e o pagamento dos funcionários pode gerar para as empresas, mas que analisar a extensão do horário pode ser uma alternativa, desde que garantidos os direitos dos trabalhadores e os acordos coletivos”.

 A abertura dos estabelecimentos por 24 horas deve ser analisada com cuidado e gradualmente, de acordo com as especificidades de cada tipo de negócio, foi o que defenderam Nei Haveroth, da secretaria de Meio Ambiente, Roberto Pelizetti, que falou em nome dos donos de postos de combustível, Edson Vasconcelos, do Sinduscon, Rudimar Erbert, da Associação paranaense dos Supermercados e Sérgio Brum, representando os lojistas.

 Para a vereadora Beth Leal, outro ponto que merece ser discutido na questão é a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores, que precisam ter condições de se aperfeiçoar, estudar e passar tempo em família, além de se deslocar para o trabalho em segurança durante a madrugada, por exemplo. 

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